Moradores de Ilhéus, na região sul da Bahia, e funcionários da 7ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin) reclamam das más condições do prédio em que funciona a unidade policial, que está sem banheiro, com mofo e infiltrações nas paredes, além de fiações expostas, segundo denúncia do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc).

Os problemas estruturais do prédio estão na parte externa e interna. O portão lateral da garagem está quebrado e com ferrugens. O sistema de monitoramento externo não funciona e a fachada está com a pintura descascando.

No interior do prédio, o alojamento dos policiais está com colchões velhos e com sanitário sem funcionar. Na recepção, quem chega ao local para procurar atendimento encontra cadeiras velhas e quebradas. “A gente vem prestar uma queixa e está tudo assim bagunçado”, reclama a diarista Ednei Neves.

Na madrugada da última segunda-feira (19), o rompimento de uma tubulação inundou parte da carceragem da unidade. Imagens que mostram o acúmulo de água no local foram divulgadas pelo Sindipoc.

Na sala do plantão central, é possível ver mofo nas paredes e infiltrações. Além disso, o ar-condicionado do local está sem funcionar. A água que vaza do equipamento é aparada no chão por um balde. No local também há fiação exposta.

“A água está molhando a fiação e um policial pode tomar um choque. Infelizmente, os policiais estão adoecendo, por conta das condições insalubres da delegacia. Os policiais estão com problemas alérgicos, estão com rinite”, afirmou o vice-presidente do Sindipoc, Eustácio Lopes.

O sindicato informou que a sala do plantão, que fica no térreo do prédio, foi interditada e o atendimento transferido para o andar superior. O problema, no entanto, segundo o sindicato, é que no andar de cima funciona outro setor, o de investigação, e a junção dos dois serviços pode prejudicar o andamento das apurações dos crimes na cidade.

A auxiliar de serviços gerais Patrícia dos Santos teve o celular roubado na última sexta-feira (16) e procurou a delegacia para fazer uma queixa. Ela se disse indignada com os problemas estruturais da unidade. “Encontrei a delegacia caindo aos pedaços. Não tinha nem internet para atender a gente. Eu com minha criança no colo tenho que ficar esperando a boa vontade do sistema”, disse, antes de desistir de fazer a ocorrência por causa dos problemas.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) informou, por meio de nota, que a reforma da delegacia de Ilhéus e de outras unidades de cidades do interior do estado está dentro de um cronograma que já vem sendo executado. O órgão, no entanto, não informou quando a obra da unidade de Ilhéus deve começar, conforme diz o G1.

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