Ainda que o tema pareça caminhar para o folclore político, a candidatura do senador Fernando Collor à presidência da República só traz ganhos políticos para ele.

Sem chances de perder mais nada (salvo um desastre inesperado).

É claro que as possibilidades de vitória não existem, mas esta certamente não é o que ele busca – pelo menos racionalmente.

O que Collor tem a ganhar?

A começar: mídia nacional durante a campanha televisiva, que ele nunca disporia se não fosse candidato a presidente.

Para o seu eleitorado tradicional, mais vulnerável às manifestações emocionais – e de pouca imaginação para os mais críticos-, vê-lo diariamente em rede nacional é manter acesa uma adoração que perdura, surpreendentemente, apesar da tragédia que marcou a sua trajetória política.

Seguramente, o empresário Arnon Neto, que surge como seu herdeiro político (será candidato em outubro), se beneficiará da campanha de Collor – que aparece com 2% nas pesquisas feitas pelos institutos mais respeitáveis (não locais).

No mais, ainda que seja réu na Lava-Jato, o senador do PTC sabe que não existe a mínima chance de ele vir a ser julgado pelo STF antes da conclusão do seu mandato atual.

Renová-lo é um ganho para o futuro – e que a candidatura presente há de ajudar.

Não é uma questão de fantasia, mas de imaginação fértil, disse Ricardo Mota do TNH.

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